miércoles, 5 de octubre de 2016

Presentación de Biodanza en Begues



Empezamos una nueva ola 

Después de un tiempo de retirada volvemos a movernos, poco a poco, ir 
creciendo, poco a poco removiendo lo que parecía estático.

ahora hemos organizado un primer encuentro, para conocernos, para desperezar, para redescubrir en consiste eso de la alquimia del vivir.


El próximo domingo 23 de octubre   de 10 a 13h
En la antigua biblioteca de Begues

reserva tu plaza:  695.269.300   Fernando

domingo, 29 de enero de 2012

Reflexiones Biocéntricas

Texto en Portugues, google traslator en el lateral de la página


REFLEXÕES SOBRE A CULTURA BIOCÊNTRICA

Cézar Wagner de Lima Góis

Diante do quadro atual da ciência, da mística e dos problemas humanos e sociais, dentro do enfoque da complexidade, do cotidiano e do amor, como podemos falar da Cultura? Como ficamos nós diante do nosso dia-a-dia consigo mesmo, com os outros e com a Natureza?

Para contribuir com essas reflexões pretendo expor aqui algumas questões relativas ao tema da Cultura Biocêntrica, como a visão antropocêntrica, a visão biocêntrica, o sentir-se vivo, o dançar a vida e o dançar com os outros. São questões que entendo essenciais para a mudança cultural numa perspectiva biocêntrica ou referenciada na vida.

É claro que a cultura atual leva em consideração a vida em todas as suas manifestações, mas a grande questão é o lugar que o ser humano se encontra para estar com ele mesmo e com todas as outras manifestações da vida. 



Introdução
O processo civilizatório nos trouxe até aqui, um momento de profundos sentimentos e reflexões coletivas sobre a vida social, o conhecimento, a tecnologia e, mesmo, sobre a própria cultura. Avançamos, iluminamos cada vez mais o nosso caminhar, fazendo estradas e indo a lugares insuspeitados, por dentro e por fora de nós mesmos. Nada nos detém, nem mesmo a Natureza com a sua energia vital que, em muitos instantes, assinala de forma poderosa e dramática a sua presença no cenário social do mundo urbano e do mundo rural, como se viu recentemente nas imagens televisivas do Tsunami no Oceano Índico, dos furacões na Flórida, do terremoto no Paquistão e da seca na Amazônia.

Somos capazes de produzir alimentos, viajar, curar doenças, construir abrigos, proteger-se, aumentar a população, educar nossos filhos, fazer satélites, aviões, bombas, vacinas, músicas, poemas, esculturas e tantas obras de arte. Somos capazes de amar, de se enternecer com o vôo do pássaro e com o sorriso da criança. Podemos até pensar que a Natureza está fora de nós, que somos os senhores de si mesmos e de tudo que existe, vindo nós ao mundo para reinar sobre todas as criaturas. Somos capazes de controlar e de criar, somos senhores de Cronos e do planeta Terra. 


Do pequeno osso usado como instrumento e dos primeiros sons articulados aos satélites espaciais, computadores e internet, percorremos um longo caminho de 07 milhões de anos, em contínuas bifurcações ou ramificações, onde um só caminhar prevaleceu e se mantém até hoje – o do homo sapiens ao homem moderno.

Do rosto voltado para o chão, depois para as distâncias, estamos hoje com o rosto voltado para as estrelas e para a nossa própria sutileza e refinamento interiores. Para onde estamos indo, se é que estamos indo para algum lugar? O que nos atrai, o que nos impulsiona pela roda do tempo nesses espaços dobrados e desdobrados de coisas e de vazios chamado Universo?

O poder da vida e o poder de viver do homo sapiens são obras fascinantes de uma realidade poderosa, incomensurável, sagrada, bela e profundamente sutil, presente mais precioso dos pais aos filhos e filhas, o misterioso processo da divisão e integração celulares que, em pouco tempo, multiplicando e enlaçando as células por dentro de algo maior (um embrião, um feto, um recém-nascido, um ser humano) amarra o mundo interno ao mundo externo, até por fim gerar a consciência, a cultura e a infinita possibilidade de realização humana. 


A consciência é uma fantástica dobradura biológica, é a vida passando a se ver, a vida se pensando, o sentir que sente, o comer que come, o tocar que toca, o andar que anda, o olhar que olhar, o falar que fala.

Diante de tal quadro da realidade humana o ser humano pode ser levado a se perceber e a se sentir privilegiado, filho de um Pai Criador nascido para reinar no mundo. Apaixonado por si mesmo muitas vezes vai deixando de lado o vínculo natural que a tudo une em uma profunda e sensível dança da Natureza. Passa a representar a si mesmo como o Filho de Deus e se posta em um trono devastador das riquezas naturais, inclusive da vida que há em si mesmo (estilo de adoecer).

O homo sapiens sobreviveu, faz história, faz cultura e se afasta cada vez mais de sua antiga caverna, dos animais, dos elementos naturais, do seu corpo, de sua espontaneidade, do prazer que incendeia a mente e da convivência com o selvagem interior e abismal. Olha ele muitas vezes, com nostalgia, para o eterno e prometido paraíso, mas sabe, pela sensibilidade e consciência, que a flecha do tempo, voraz, continua seu trajeto cultural. Afastar-se da cultura não é possível sob pena de desaparecer; tampouco seguir pela mesma trajetória garantiria a repotencialização da nossa energia vital que, de tão bloqueada e deformada, gera doenças de civilização. O que fazer, se o caminhar antropocêntrico assinala seu esgotamento e limitação frente às novas exigências humanas, sociais e naturais? 

Visão Antropocêntrica

A visão antropocêntrica nos legou extraordinários avanços no campo da ciência, da técnica e da organização social, construiu as bases da cultura moderna, iniciadas na Renascença e consolidadas no século XX. O Iluminismo francês, o Idealismo alemão, a grandeza da razão humana e seus métodos de pensar, controlar e atuar, foram em geral aplaudidos e reverenciados como o caminho pelo qual se faria a redenção humana, o novo homem e o estágio positivo da sociedade. A relação sujeito-objeto, no mundo ocidental, tornou-se a condição primeira, quem sabe a única, para o ato de conhecer.

Séculos se passaram desde Galileu e Descartes, levando a mente racional por caminhos de construção de modelos lógicos cada vez mais avançados no afã de conhecer, porém baseados em fragmentações e reducionismos da realidade; tecendo caminhos de linearidades e descontinuidades que marcaram o avanço da Ciência, da Técnica e da organização do Estado e da vida social.

Adentramos ao Século XXI com toda a robustez de um conhecimento, de uma tecnologia e de uma sociedade legislada, marcando a nossa entrada com novos conhecimentos e novas leis, porém trazendo à tona algumas outras perguntas essenciais à vida humana, em geral, relacionadas a um tema vital - o vínculo que estabelecemos, na trajetória da cultura moderna, para consigo mesmo, com os outros e com a Natureza, e suas conseqüências para a Natureza, para cada um de nós e para a sociedade nesse começar do novo século.

Seguir sendo o filho de Deus (teocentrismo) ou mesmo sendo o próprio Deus (antropocentrismo), talvez não seja uma saída, pois esses caminhos ao longo do tempo se fragilizaram ou, até mesmo, se esgotaram.


Não quero com isso negar a Ciência nem a Religião, quero somente dizer da necessidade de um novo reposicionamento do homo sapiens com relação à Natureza e à Cultura, e mesmo com relação à presença de seus Deuses em suas vidas e em todas as coisas que existem.

A cultura muda continuamente, mas em quais direções se dão essas mudanças? Quais os parâmetros ou paradigmas que orientam essas mudanças? Urge novos olhares, um novo (e antigo) sentir, outros parâmetros, não apenas ideológicos, mas sim profundamente marcados por uma nova sensibilidade frente à vida. Novas maneiras de sentir e perceber, uma nova visão da vida.

Visão Biocêntrica
Considero essa percepção uma visão da vida na qual o universo aparece como um fabuloso espaço de matéria visível e escura (fechado ou aberto não o sabemos), que se organiza (autopoiesis) no sentido da vida e que aumenta de complexidade através de sua própria diversidade e conectividade cósmicas. Evolui por si mesmo mediante azar e caos, e relações pouco conhecidas, principalmente entre suas forças fundamentais - gravitação, eletromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca - possibilitando, em última análise, a coerência universal - dança de determinações e indeterminações de fluxos que fazem um Universo altamente instável, evolutivo, irreversível e auto-organizado.

Se Deus não joga os dados ou se Deus joga os dados, isso não é o principal, pois as duas questões são faces da mesma moeda, da mesma complexidade. Concordo com Raul Terrén quando diz que "Deus joga os dados e sempre ganha".
A compreensão de um Universo que se organiza como sistema vivo mediante uma dança de caos e harmonia, pode parecer sem sentido ou mesmo ambiciosa, porém estudos recentes (voltados para uma Ciência da Vida) apontam na direção de uma visão mais profunda da vida, como algo mais complexo, sistêmico, auto-regulável e capaz de manifestar-se como um planeta vivo (Gaia). 


A percepção da Terra ou do Universo, como algo vivo é antiga, vem dos Pré-Sumerianos. Ciência e Religião trataram o tema de maneira diferente depois de Galileu, porém na fase atual do conhecimento científico e do resgate da antiga religiosidade (Tradição), nos encontramos frente a profundas convergências entre elas acerca do macro e do microcosmo.

Hoje posso dizer que a noção de vida como algo de dimensão planetária ou cósmica está presente na Ciência, nas experiências místicas e na vida comum de qualquer pessoa sensível. Investigar e vivenciar essa presença da vida como estrutura-guia é o grande desafio que, inevitavelmente, nos deslocará para novos paradigmas da existência, a uma visão biocêntrica, a qual ultrapassa o panorama holístico (a tendência do todo se manifestar na diversidade, e esta, por conseguinte, revelar em sua potencialidade o todo) e se manifesta em um sentimento sagrado da Vida e do Universo, de todas as coisas existentes, sentimento este que tem como origem a vivência biocêntrica.

A compreensão de que isto é assim ultrapassa os limites das formas atuais de pensar e se aprofunda na vivência mesma do ser como corporeidade amorosa em sua viagem pelo mundo de si mesmo, no qual se revela a unicidade do espaço interior com o espaço exterior (Campbell, 1991). Tal clareza vem da epifania da vivência da identidade, do si-mesmo, do ato simples do viver.



Sentir-se Vivo
A visão biocêntrica não se confunde com a idéia de um Deus antropomórfico. Ela surge da vivência do sentir-se vivo, do sentir-se como parte da criação, como expressão da auto-poiesis cósmica. 


O sentir-se vivo é o alicerce, é o que vincula, nutre, fortalece e revela o homo sapiens moderno. É a expressão natural, espontânea e cultural da vida como singularidade, como auto-poiesis particular da auto-poiesis cósmica. Do sentir-se vivo é que surge a percepção do si-mesmo, de um sentimento de vida, o qual vem da Biologia em direção a Psicologia, da transformação do animal em espírito enraizado, ou corporeidade vivida. É a mudança do selvagem em linguagem e sua volta a um lugar anterior e fonte de sua aparição em um mundo natural e espontâneo - a vida animal. Ao voltar à fonte animal, à Natureza, conecta-se a uma verdadeira conspiração pelo ato de viver. Por isso, o Mestre é a Natureza em nós.
Sinto com profundidade a conspiração pelo ato de viver, a existência de uma essência humana libertária, em algo vital que impulsiona o ser à vida e a algum lugar do infinito, cuja origem não está na consciência ou em qualquer forma de representação mental, e sim em nosso sentir, em nossa raiz animal e selvagem, mundo bruto e indiviso. Encontro aí a vida como possibilidade singular, potencialidade muitas vezes bloqueada, reprimida, negada, porém sempre presente. Só desaparece com a destruição do ser.

O ser humano surge dessa realidade bruta e indivisa, em um determinado instante, como uma onda no oceano, construindo-se na dança de caos e harmonia, em íntimos processos de fusão e diferenciação, e sendo capaz de sentir e perceber isso. Essa conexão profunda, que alimenta e constitui a natureza humana, é o húmus interior que nos faz vivos, instintivos, corporais e íntimos do Cosmos.



Dançar a Vida é Participar da Vida
É mergulhar em um paradoxo misterioso que se impõe frente ao conhecimento e ao próprio espírito humano, mas que tem profunda ressonância no coração. É permitir-se como um participante de uma grande dança a dançar o sagrado no cotidiano, na forma de conhecimento (Ciência), beleza (Arte), mistério (Mística) e vínculo (Amor). Dançar sendo plenamente o movimento das vísceras e dos nossos líquidos, o movimento geral do corpo no espaço desenhando no ar a forma da criação e da liberdade; dançar sendo o movimento desdobrado do movimento da vida, do Cosmos, desdobrado da dança das energias/partículas, da dança do pólen, das estrelas e dos animais, dança de determinações e incertezas, harmonia que germina o caos e este, como pai, germina a mãe que o gerou.

Dançar é tecer a vida, conspirar pelo ato de viver no leito natural da realidade, da cultura, na flecha do tempo, em uma estranha rota de caos e harmonia. Tecer a vida é, a cada dia, celebrar o ato criador, sentir-se brotando por dentro e por fora, perceber-se possuidor de um potencial de vida capaz de projetar-se em múltiplas possibilidades de realização e singularidade.

Ao falar de dançar a vida estou falando de participar da vida, de cultivá-la, de ser criatura e criador dessa dança cósmica revelada humana e dançada como história e cultura. Participar é estar aqui consigo mesmo, com a humanidade e com o Universo, sentindo o coração da Natureza pulsando em nossos próprios rios interiores, cujas nascentes e deságües estão no infinito. Participar da vida é nascer e renascer a cada instante, a cada dia, de um útero, pintando na tela da realidade a existência, bem antes de conhecê-la.

Participar é fazer do seu gesto um ato permanente de educar, que liberta da fusão as sementes que pulsam e anseiam naturalmente germinar. Somos sementes como as sementes, conectadas por uma rede de relações vitais, fios de natureza que nos conectam entre si e ao infinito, chamando-nos a dançar com autonomia e plenitude essa grande dança de comunicação e encontro. Nada pode deter esse chamado, a não ser a própria vida em sua força auto-organizadora e auto-transcendente.

Cada ser vivo é uma semente que vibra e se expande conduzida por uma trajetória instável de bilhões de anos. Não há na cultura algo tão complexo, incerto, neguentrópico e belo. Somos sementes como a própria semente, buscamos vínculo, nutrição e crescimento. Ao jardineiro cabe somente cuidar com amor, protegendo e nutrindo, pois os seus caminhos farão por conta própria, seguindo seus fios de natureza em direção a algum lugar da vida.

Por isso a dança, o gesto espontâneo e amoroso do jardineiro, a dança como ato de educar - ato de amor, uma dança amorosa de germinação e não um caminho estreito de valores e ideologias de um grupo dominante ou de uma só cultura.
Enfim, dançar a vida é construir um cotidiano de vínculo, um trabalho com sentido, com prazer, abrir-se ao encontro com as pessoas e lutar contra a opressão e exploração simplesmente por amar ao outro e à vida. É aceitar e estimular a expressão dos corpos-combativos, dos corpos-estrelas, dos corpos-apaixonados, em todas as idades, em casa e nas ruas. Dançar a vida é cultivar o amor, alicerce da cultura biocêntrica.



Conclusão
Para onde nos leva a dança da vida, o participar do mundo de hoje, da sociedade? Nos leva é certo a muitos caminhos, mas urge um principal - o da cultura biocêntrica, o de contribuir com uma sociedade amante, democrática e transcendente.

Sei que, para muita gente, isso é apenas mais uma das utopias, mas para outros o sentido da vida social está aí. Por isso seguem, caminhando e cantando a canção que diz que "somos todos iguais, braços dados ou não, nas escolas, nas ruas, campos e construções, caminhando e cantando e seguindo a canção" (Vandré, 1968).

Aos poucos, (é a nossa esperança e a nossa luta), um novo (e antigo) sentimento do humano e da vida poderá prevalecer sobre a cultura do individualismo e do consumismo, se tornando mais presentes nos corações e nas mentes das novas gerações. Este cultivo de sentimentos e de sentidos já começou, embora saibamos da existência de graves obstáculos à sua semeadura e colheita, tais como o antropocentrismo, a ideologia masculina, o individualismo, o autoritarismo, a xenofobia, o fascismo, o fetiche do capital, a exclusão social e o desamor.

O mundo histórico-social de hoje continua sendo, também, um mundo cheio de contrastes perversos (desigualdades sociais e dominação), apesar de contar com sofisticados sistemas de conhecimento, de direito, de produção, de transportes e de comunicação. Mesmo assim é um mundo vivo, real e próprio à humanização e à natureza, um terreno fértil para a construção de uma grande roda de culturas em meio à Natureza - uma roda de amor, de aceitação e de integração das diferenças.
Isso ainda é uma utopia, mas a integração entre as culturas é possível, desde que participemos amorosamente da tecitura de valores pró-vida por meio de uma educação biocêntrica. Este grande sonho já sonhado por muitos que já morreram e por muitos que estão lutando por ele, em todos os lugares do nosso querido Planeta Terra, nossa morada de hoje, um dia poderá ser realidade.

Não precisamos temer. É preciso coragem para perceber o nosso próprio brilho interior e querer construir uma cultura biocêntrica, um mundo com amor e prazer, portanto, vinculado à Vida.

Um sonho como esse nasce do olhar e do gesto generoso e simples de quem ama, do diálogo, de uma nova (e antiga) sensibilidade que permite captar a beleza da vida se fazendo em cada rosto, em cada ser vivo, em cada partícula do Universo.

É preciso não se dispersar, não perder de vista o sonho da Cultura Biocêntrica.
*Doutor em Psicologia pela Universidade de Barcelona Prof. de Psicologia da Universi-dade Federal do Ceará


miércoles, 18 de mayo de 2011

Danza y Música - un cuento

"La DANZA vivía en un claro del bosque. Tenía un cuerpo bonito y fuerte, con los miembros largos y flexibles. Su gran pasión era moverse junto con todo lo que la rodeaba. Pasaba el día entero atrás de los animales del bosque. Imitando su andar, se deslizaba como el agua del río, temblaba como las hojas de los árboles, sabía caer suavemente como la lluvia, podía saltar alto y lejos imitando el vuelo de los pájaros.
No podía moverse como el viento, solo porque no podía verlo. Ella corrió destrás de las brisas, se enfrentó con un huracán, pero no consiguió nada. Con el tiempo, esto llegó a ser una obsesión: todos los otros movimientos eran bonitos, pero ella quería danzar aquello que no se ve. Por eso estaba quieta y triste el día en que la MÚSICA la encontró.

La MÚSICA, que no tenía cuerpo, vivía en una grieta del viento, que la llevaba por donde quería, ya que conocía el secreto del movimiento del aire. Su mayor sueño era tener un cuerpo de verdad para poder andar sobre la tierra y tocar las cosas. Cuando vio la DANZA, quedó enamorada de ella. Pidió al viento que se detuviera, y le preguntó a la DANZA quien era y que es lo que hacía.

La DANZA, encantada con esa voz que le hablaba desde ninguna parte, le mostró lo que sabía hacer: imitó a un lince, hizo de pajarito en su primer vuelo, y por último cayó como una hoja desprendida de un árbol. La MÚSICA, cada vez más admirada, le preguntó como podía estar tan triste teniendo esas capacidades. Entonces, oyó la historia de las fracasadas tentativas de la DANZA de andar como el viento e imitar los movimientos que no se ven.

En ese momento la MÚSICA tuvo una idea magnífica, y le propuso a la DANZA que ella le enseñaría el secreto del movimiento del aire, y en cambio la DANZA le prestaría su cuerpo para poder hacer aquello que tanto quería.

La DANZA aceptó encantada, y en ese instante, la MÚSICA entró como una brisa en los oídos de la DANZA, y se quedó a vivir allí. Desde entonces, la DANZA y la MÚSICA viven juntas, y nadie consigue separarlas."

jueves, 14 de abril de 2011

LA IMPORTANCIA DEL ESPACIO

Una de las piezas más importantes para un grupo regular de Biodanza es la sala.
Allá se producirá la magia del encuentro, se crea un ambiente protegido y cuidado. Un entorno óptimo para la génesis de la  Vivencia. Ese instante único en el que el tiempo y espacio se estiran en un profundo ahora y aquí.

La sala es el laboratorio donde puedo mostrar el Yo como es, sin juicios y barreras, puedo dejar la diferencia entre tú y yo y convertirnos en nosotros. Donde nosotros nos diluimos para formar parte de todo mayor.

¿Se puede hacer Biodanza en un espacio abierto como un parque, el bosque o la playa?
Si, por supuesto que si. Eso propicia incluso una mayor conexión con la naturaleza y las fuerzas de la vida.

Se puede hacer Biodanza en cualquier lugar, en cualquier situación, con cualquier persona. 
Siempre que haya el objetivo común entre todos los participantes de potenciar las cualidades del ser humano.

Podemos dormir una noche en una tienda de campaña incluso podemos hacer por algunos días, pero no podemos vivir todas las noches así.
Lo mismo pasa con el grupo regular, este pide un poquito más. Requiere un cuidado extra.

Aquí no vamos hacer solo un baile. Vamos iniciar un proceso, una caminada hacia nosotros mismos. Y eso requiere un cariño especial pues el “yo” es muy sensible.
Necesitamos espacio para movernos con libertad, necesitamos calidez para sentirnos cómodos, necesitamos un buen equipo de música para dejarnos llevar por notas nítidas, y la ausencia de espejos para poder mirarnos mejor.

Biodanza trabaja con la optimización de la vida y necesitamos un espacio que vaya con este princípio.

martes, 29 de marzo de 2011

Comunicación a través de la mirada.

Texto en Portugues, google traslator en el lateral de la página

A comunicação através do olhar
A linguagem não-verbal através do contato visual.

Na Biodança o primeiro contato é através do olhar e a partir deste momento ter a oportunidade de uma nova forma de comunicar-se, a comunicação não-verbal, que representa para a maioria das pessoas um grande desafio. Esta forma de comunicação universal esta cada vez mais esquecida pelas pessoas no mundo moderno e através da Biodança é possível resgatá-la. Com encontros, exercícios de comunicação em duplas, trios, quartetos, grupos em círculos, tendo uma música adequada como estímulo, pode-se perceber nos olhos dos companheiros um verdadeiro universo de emoções que no dia a dia somos incapazes de enxergar.
No primeiro momento fica muito difícil olhar, quem quer que seja nos olhos, por várias razões, entre elas, pela educação, repressões, religião e muito mais, sendo que cada pessoa tem a sua própria história de vida, alem de que o olhar é extremamente revelador, sob todos os aspectos, sendo muito difícil disfarçar um sentimento encarando alguém olho no olho.



Jean Paul Sartre sugeriu, certa vez, que o contato visual é que nos faz real e diretamente consciente da presença de outro ser humano dotado de consciência e intenções próprias. Quando os olhos se encontram, nota-se um tipo especial de entendimento de ser humano a ser humano. Uma moça que tomava parte em manifestações políticas declarou que fora advertida de que, caso enfrentasse um policial, deveria olhá-lo diretamente nos olhos. Disseram-lhe que, se ela conseguisse que ele a considerasse como outro ser humano, a possibilidade de ser tratada como tal seria maior. Em situações em que se exige uma intimidade mínima, por exemplo: quando um mordomo atende  a um convidado ou quando um oficial repreende um soldado, o subordinado deverá evitar o contato visual, mantendo seu olhar sempre para frente.
As diferenças interculturais relativas ao comportamento ocular são consideráveis e algumas vezes importantes. Os árabes, às vezes, chegam-se bem perto para conversar e se olham atentamente nos olhos enquanto falam. No outro vértice da escala estão as sociedades do Extremo Oriente onde se considera falta de educação olhar a pessoa com quem se está falando. Para os estadunidenses, o  olhar demorado dos árabes é irritante, mas evitá-lo definitivamente, como no Extremo Oriente, representa sintoma de doença mental, eles costumam mudar a direção do olhar ou simplesmente não encara o rosto. Também acham estranha a etiqueta dos ingleses uma vez que eles, a não ser que estejam muito próximos, fixam intensamente os olhos de seu interlocutor. E os ingleses também balançam menos a cabeça quando concordam, já que são suas pálpebras e o olhar fixo que mostram que estão prestando atenção.
A forma de se olhar em lugares públicos também varia de um país para outro, por exemplo: em Tel Aviv, os israelenses não consideram nem um pouco fora do normal encarar fixamente uma pessoa na rua. Na França admite-se que um homem olhe descaradamente uma mulher em público. Por outro lado, algumas francesas admitem que ficam aborrecidas nas ruas de Nova York,  porque se sentem como se fossem invisíveis. As  mesmas francesas se estivessem desfilando no calçadão de Copacabana no Rio de Janeiro se sentiriam invadidas o tempo todo, isto se fossem atraentes é claro.Cada povo tem a sua maneira particular de contato visual.
O comportamento ocular é talvez a forma mais sutil da linguagem física. A cultura nos programa desde pequenos, ensinando-nos o que fazer com os olhos e o que esperar do próximo. como resultado disso, quando alguém muda a direção do olhar e encontra ou não resposta de outrem, o efeito produzido é inteiramente desproporcional ao esforço muscular realizado. Mesmo quando o contato é efêmero, como geralmente é a soma do tempo dedicado a olhar a outra pessoa sempre transmite alguma coisa.
O movimento dos olhos, é lógico, indica aquilo que uma pessoa está vendo. Estudos sobre comunicação demonstram um fato inesperado, segundo o qual esses movimentos também regulam a conversa. Durante a troca diária de palavras, enquanto se presta atenção àquilo que estão dizendo, o movimento dos olhos proporciona um sistema de sinalização, que indica ao interlocutor quando é sua vez de falar.
Assim os olhos podem transmitir atitudes e sentimentos, os movimentos oculares podem também expressar a personalidade. Uns olham mais que os outros. Aqueles que, por natureza, são mais carinhosos, são capazes de olhar muito, do mesmo modo como aqueles que, segundo os psicólogos, sentem mais necessidade de afeto. Denominada também "motivação de amor", a necessidade de carinho é o desejo de se alcançar um relacionamento gostoso, afetivo e íntimo com as outras pessoas, necessidade que todos sentimos em maior ou menor grau.

 Este tema foi desenvolvido baseado em: 
1."A Comunicação Não-Verbal"
    Flora Davis
    Summus Editorial Ltda.
2."Você"
    Desmond Morris
    Ed. Círculo do Livro S.A.

lunes, 28 de marzo de 2011

El significado del toque

Texto en Portugues, google traslator en el lateral de la página

O significado do toque

Será que as pessoas se tocam o suficiente? Sem dúvida, não. Entre nós, existe uma carência muito profunda daquilo que mais desejamos: tocar, abraçar, acariciar... E isso vem desde muito cedo. Estudos atuais mostram que, entre as causas menos conhecidas para o choro dos bebês, está a necessidade de serem acariciados. Muitas mães rejeitam um contato mais prolongado com seus filhos, com base na falsa suposição de que, se o fizerem, eles se tornarão profundamente dependentes delas. Não são poucos os pais que evitam beijar e abraçar filhos homens, porque temem que assim se tornem homossexuais. Mesmo dois grandes amigos se limitam a expressar afeto dando tapinhas nas costas um do outro, enquanto amigas trocam beijinhos impessoais quando se encontram.

A pele, o maior órgão do corpo, até há pouco foi negligenciada. Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afetaria o desenvolvimento do comportamento humano. A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar, que é o título de seu excelente livro, em que se baseia este artigo, é a principal dessas linguagens. Afinal, como ele mesmo diz, nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele. Como sistema sensorial, a pele é , em grande medida, o sistema de órgãos mais importante do corpo. O ser humano pode passar a vida toda cego, surdo e completamente desprovido dos sentidos do olfato e do paladar, mais não poderá sobreviver de modo algum sem as funções desempenhadas pela pele. Montagu acredita que a capacidade de um ocidental se relacionar com seus semelhantes está muito atrasada em comparação com sua aptidão para se relacionar com bens de consumo e com as pseudo necessidades que o mantêm em escravidão. A dimensão humana encontra-se constrangida e refreada. Tornamo-nos prisioneiros de um universo de palavras impessoais, sem toque, sem sabor, sem gosto. A tendência natural é as palavras ocuparem o lugar da experiência. Elas passam a ser declarações ao invés de demonstrações de envolvimento; a pessoa consegue proferir com palavras aquilo que não realiza num relacionamento sensorial com outra pessoa. Mas estamos começando, aos poucos, a redescobrir nossos negligenciados sentidos. O sexo tem sido considerado hoje a mais completa forma de toque. Em seu sentido mais profundo, o tato é considerado a verdadeira linguagem do sexo. É principalmente através desta intensa estimulação da pele que tanto o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contato pessoal e tátil. Mas até que ponto existe relação entre as primeiras experiências táteis de uma pessoa e o desenvolvimento de sua sexualidade? O autor acredita que, da mesma forma como ela aprende a se identificar com seu papel sexual, também aprende a se comportar de acordo com o que foi condicionado por meio da pele. Assim, o sexo pode ter uma variedade enorme de significados: uma troca de amor, um meio de magoar ou explorar os outros, uma modalidade de defesa, um trunfo para barganha,uma afirmação ou rejeição da masculinidade ou feminilidade, e assim por diante, para não mencionar as manifestações patológicas que o sexo pode ter, em maior ou menor grau de intensidade, são todas elas influenciadas pelas primeiras experiências táteis. Montagu acredita que a estimulação tátil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo mais crítico e livre de preconceitos.  
Texto extraído de reportagem baseada em material
cedido por Regina Navarro, pisicanalista e sexóloga e publicada
no Jornal "Diário da Região" de S.J.do Rio Preto(SP) em 26/12/1999.

miércoles, 23 de marzo de 2011

Efecto Terapeútico de la Biodanza

Texto en Portugues, google traslator en el lateral de la página




O EFEITO TERAPÊUTICO DA BIODANÇA SOBRE O ESTRESSE PSICOLÓGICO.
Geny Aparecida Cantos; Rodrigo Schütz

1- O processo de homeostase.
O ser humano, por natureza, procura manter um equilíbrio de suas forças internas, com todos os órgãos, trabalhando em harmonia. Assim, quando tudo está bem, o coração pulsa com freqüência ideal e igualmente outros órgãos funcionam como "uma máquina calibrada" em perfeito equilíbrio biológico. O estado de equilíbrio dos vários sistemas do organismo entre si e do organismo como um todo e com o meio ambiente é chamado de homeostase.

Contudo, quando o equilíbrio for alterado por um agente estressor, ou seja, por qualquer situação que desperte uma emoção, boa ou má, isto constituirá numa fonte de estresse. Independente do fator que causou o estresse nosso corpo faz um esforço para adaptar à nova situação (Nahas, 2001). Se a reação for a favor, tem-se o estresse positivo (eustresse, com o grego elemento eu, "bom" mais estresse) e se desencadear um desequilíbrio no organismo ocorrerá o estresse negativo (diestresse do grego dys, por contraposição do elemento eu).

Para Hans Seley (1974), cada pessoa leva consigo uma capacidade de resistir ao estresse. A essa capacidade ele chamou de energia de adaptação e, segundo esse pesquisador, o indivíduo pode treinar seu organismo, de maneira a desenvolver tal energia, enfrentando melhor às situações de estresse. Mas cada um tem o seu limite e responde de forma peculiar a situações de estresse. As necessidades corporais variam de momento, conforme as influências e solicitações internas e externas. O que pode representar um grande problema para uns, pode ser gerenciado com tranqüilidade por outros. Reconhecer os primeiros sinais de tensão e então fazer algo a respeito pode significar uma importante diferença na qualidade de vida.

2. Efeitos fisiológicos do estresse psicológico
A estrutura e os conflitos intrapsíquicos, frutos de cada indivíduo, a personalidade e a sua história vida de cada um podem pode se constituir numa fonte de ameaças. Pode-se dizer que o estresse psicológico é possivelmente o estado emocional negativo resultante daquilo que as pessoas percebem que lhes ocasiona pressão emocional, e que excede, portanto, suas habilidades para enfrentá-lo.

Acredita-se que essa reação emocional dispara um conjunto de reações fisiológicas que suprimem as defesas naturais do corpo, tornando-o suscetível à produção de células anormais, devido a um desequilíbrio profundo mental, hormonal, orgânico e psicológico. Segundo a neurociência, os estados emocionais são acompanhados por reações das moléculas de emoção: os neurotransmissores e os hormônios. Assim, a nível fisiológico o estresse atua sobre a hipófise liberando o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual tem uma ação sobre glândulas supra-renais (que ficam sobre os rins), fazendo com que elas aumentem a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol.
Numa situação de curto prazo, a adrenalina mobiliza a reação de lutar ou fugir, sendo que a taxa de glicose precisa ser elevada no sangue para que haja energia disponível durante este processo. O estresse se torna negativo quando não há tempo para recuperação do organismo, ou quando a pessoa reage de forma hostil às situações. Nos dois casos, quando a adrenalina não é suficiente o corpo precisa secretar cortisol.

A produção excessiva de cortisol prejudica um processamento da função cognitiva e também da criatividade, interferindo junto aos receptores que captam a memória, à medida que eles atravessam a sinapse. Em conseqüência as pessoas com uma produção excessiva de cortisol perdem a capacidade de assimilarem as informações. Adicionalmente, o aumento de cortisol leva a um aumento das necessidades nutricionais, podendo diminuir as quantidades de magnésio "um mineral calmante". Assim, quanto mais vulnerável for o indivíduo ao estresse maior perda ocorrerá desse elemento. Por outro lado, o magnésio é a "contra partida" do cálcio, e esses dois minerais, normalmente, mantêm o equilíbrio um do outro. Outros nutrientes como vitaminas C e E, que ajudam a proteger o cérebro dos radicais livres, também são esgotados em situação de estresse.

Via cortisol, o estresse, acelera também o metabolismo de carboidratos e de um neuropeptídeo Y, que motiva o desejo de consumir carboidrato. Esse mecanismo é a razão pela qual muitas pessoas excedem ao comer doces e alimentos contendo amido quando estão estressadas.

3. Saúde e doença
Nós somos um sistema composto de diversas unidades que são, ao mesmo tempo, autônomas e integradas entre si, fazendo parte de um conjunto maior. Nenhum sistema é independente do outro. Pode-se dizer que saúde seria quando o corpo, a mente e os sentimentos se inter-relacionam harmoniosamente e em equilíbrio com o meio ambiente em um processo contínuo de vida.

Contrapondo ao conceito de saúde, doença significa a perda relativa da harmonia ou então da perturbação dessa harmonia, que se manifesta na consciência e no organismo humano, sendo este sempre visto como parte da natureza, estando sujeito às forças naturais. Para Nahas (2001) toda doença é resultado da interação do agente agressor (alguma causa psicológica ou física) e a resposta do organismo. Assim, uma doença não é só um fato físico, e sim, um problema que diz respeito à pessoa como um todo: corpo, emoções e mente. Para Capra (1988) a doença é vista como um sinal de falta de cuidado da parte do indivíduo.

4. O sistema biodança e sua aplicação em desequilíbrios emocionais.
Nos dias de hoje, as áreas do conhecimento estão se relacionadas com a corporalidade e com o movimento humano consciente, de forma a processar interligações de atividades motoras e mentais. Nossa cultura valoriza demais o racional, estimulando muito os resultados analíticos como a capacidade de lógica, o pensamento, a palavra, de forma a gerar uma dissociação entre as capacidades perceptivas, a motricidade, a afetividade e as funções.

Costuma ser desafiante a tarefa de sugerir medidas gerais, de cunho psicossocial, que objetivem ampliar o nível de conscientização do indivíduo sobre seu modo de viver, sobretudo no que diz respeito ao estabelecimento de metas reais alcançáveis, de tal modo que possa fazer uma coisa de cada vez, melhorando à percepção de que certos hábitos de vida que deterioram a saúde. Contudo é de responsabilidade de cada um cuidar do seu corpo, (respeitando as normas sociais e vivendo de acordo com as leis do Universo). Isto significa que quanto mais o indivíduo procurar estilos saudáveis e prazerosos, mais isso se refletirá em sua vida de forma positiva, diminuindo o risco de doenças.

Nessa perspectiva, considera-se que há múltiplas formas de buscar essa harmonização, como tai-chi-chuan, meditação, orações, ioga, psicoterapia, reiki, exercícios físicos e outras formas como a prática de hábitos alimentares adequados, na prática de exercícios físicos. Contudo, um dos mecanismos eficazes de conseguir essa harmonia é por meio da biodança, onde se trabalha com parte que ainda permanece sã do indivíduo. A função terapêutica da biodança consiste num conjunto organizado, no qual cada uma das partes é inseparável da função da totalidade, sendo também um sistema holístico de trabalho com o ser humano, onde o indivíduo entra em contato com seus próprios recursos de auto-regulação e a cura vem de motivações internas carregadas de emoção.

Nesta abordagem multidimensional os problemas emocionais não são isolados do contexto mais amplo de sua vida. Reconhece-se que o organismo está em constante interação com seu ambiente natural e social. A concepção de saúde passaria por um processo de equilíbrio dinâmico, onde o organismo humano interage com o meio ambiente de forma natural e dinâmica.

Na biodança acredita-se que por meio das lentes da afetividade do mundo intrapsíquico a pessoa poderá valorizar de forma menos traumática os conflitos íntimos, suas frustrações e sentimentos de perdas. O indivíduo poderá ser conduzido de forma a se sentir amado e valorizado, cuidado e protegido e membro de uma rede de interações e comunicações que funcione de maneira franca e precisa. As cerimônias de encontro despertam a sensibilidade elevando qualidade da saúde, para desenvolver potenciais herdados geneticamente e restabelecer o vínculo afetivo nós mesmos, com o próximo e com a natureza.

Por outro lado, com a troca de calor e afeto, e ao som da música o corpo passa por uma dança de hormônios (substâncias produzidas por glândulas de secreção externa) e de neurotransmissores, de forma que o centro regulador límbico-hipotalâmico (centro das emoções e instintos) pode gerar entre outras coisas a resistência ao estresse e um melhor funcionamento dos órgãos internos.

Por meio dos movimentos e músicas vigorosas a noradrelina e dopamina (neurotransmissores) podem ter sua produção estimulada provocando uma reação adrenérgica no organismo, proporcionando energia e disposição. Carinhosamente podemos chamá-los de mensageiros da alegria. Porém durante os movimentos lentos e suaves, o parasssimpático é estimulado havendo maior produção de acetilcolina e a seratonina (outros neurotransmissores), levando o indivíduo a tranqüilidade. Por outro lado, os níveis de cortisol (hormônio) despencam, contagiando o cérebro e cada célula do organismo com uma sensação de conforto e felicidade.

Assim, por meio dos vários ritmos, as várias partes do cérebro "dialogam" pulsando e regulando e as pessoas vão se soltando e melhorando sua qualidade de vida, a qualidade das suas relações. Há um desbloqueio das energias estagnadas, aliviando as tensões musculares, diminuindo o estresse do dia-a-dia. Trabalhos realizados por Tadros (1994) e Cantos (2005) comprovam os benefícios da biodança contra a depressão e diestresse (estresse negativo), respectivamente. Há um abrandamento dos ritmos cardíacos e respiratórios e a tensão arterial diminui – quadro ideal para evitar doenças cardiovasculares e viver plenamente por muitos e muitos anos.

Considera-se ainda que quando a pessoa é tocada a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. A hemoglobina é à parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade.

Diga-se que na biodança o movimento é integrado, isto é, há uma união coerente entre sentimento, pensamento e ação e essa integração é importante para que haja o equilíbrio. Por meio da dança, da música e de movimentos específicos o indivíduo pode entrar em contato consigo mesmo, integrando o psíquico e o somático, de forma a interferir positivamente no seu pensar sentir e agir. E as danças são concebidas para induzir novas formas comunicação, estimulando expressão identidade, realizando uma reeducação afetiva, integrando a unidade orgânica e induzindo processos de expansão da consciência. O processo de indução de vivências integradoras promove o encontro e a experiência humana com os próprios genéticos, provocando mudanças no sentir, pensar e agir das pessoas que participam. Esse processo de renovação, por meio da vivência, (re) conduz o participante ao papel de principal personagem da sua própria vida, fortalecendo sua identidade, ao mesmo tempo em que desenvolve sua vinculação com a espécie. Somos todos iguais, nas emoções, nos desejos, na alegria e no sofrimento.

E a conquista do bem estar dependerá das sementes plantadas por cada um. Na maioria das vezes as pessoas têm liberdade de escolha, e pode definir os rumos de sua vida. Mas como se pode conseguir isso? Uma forma é poder olhar para os seus próprios sentimentos e perguntar, com sinceridade, o que está causando este problema interior. É muitas vezes reconhecer as próprias limitações, reconhecendo e aceitando a si mesmo. E depois é buscar alternativas que possa mobilizar para encontro da serenidade, começando a procurar por aquilo que melhor, experimentar alguns dos prazeres mais sutis da vida.

Somente com a mente aberta para essa possibilidade, é que será possível transformar situações desagradáveis em grandes descobertas. E os erros poderão transformar-se em uma fonte de aprendizado e de compreensão com as imperfeições alheias.


Referências
BRANDÃO M. L. Psicofisiologia. Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 200 p, 1995.
CAMBRAIA, Rosana Passos Beinner. Psychobiological aspects of feeding behavior. Rev. Nutr, v.17, n.2, p.217-225, 2004

CANTOS, G.A. et al.
Biodanza como nova abordagem terapêutica para pacientes com problemas cardiovasculares. Rev. Pensamento Biocêntrico, v. 2, p. 5-10, 2005.

CAPRA F. Sabedoria incomum, Ed. Cultrix, São Paulo, SP, 1988.

CARPER, J. - Seu cérebro milagroso. Ed. Campus, Rio de Janeiro: 2000.

COHEN, S. & WILLIAMSON, G.M. Stress and infectious disease in humans. Psychological Bulletin. v. 109, p: 5-24, 1991.

DETHELEFSEN T & DAHELKE R. A doença como caminho, Ed. Cultrix Ltda, São Paulo, SP, 1983.

GÓIS, C.W. Identidade e vivência. Fortaleza: Gráfica, Ceará Fortaleza, 2002

FLORES, F. E. V. Educação biocêntrica: aprendizado visceral e integração afetiva.
Ed. Evangraf. Porto Alegre RS, 2006. 117p

HUDDEL, H.; LANGEWITZ, W.; SACHACHINGER, H.
et.al. hemodynamic response patterns to mental stress: diagnostic and therapeutic implications. Am. Heart. J., v.116, p.617, 1998.

KHALSAL D.S Longevidade do cérebro , Ed. Objetiva Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 1997.

LIPP, M & ROCHA, J.C. Stress, hipertensão arterial e qualidade de vida Ed. Papirus, São Paulo, SP, 1996.

LOMANIKE, L. Dança como contribuição para a qualidade de vida. In: Informe Phorte, São Paulo: Phorte. v. 3 n. 9, p.12-13, 2001

NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. 2. ed. Modiograf, 2001. Londrina-PR, 238p.

ROSEIN, G.E., DUTRA, R.L., SILVA, E.L. et al. Influência do estresse nos níveis sanguíneos de lipídios, ácido ascórbico, zinco e outros parâmetros bioquímicos.
Acta Bioquím Clin Latino Am, v. 4, p.39-46, 2004.

SAÉZ G.T.;TORMOS C., GINER V; et al. Factors Related to the Impact of Antihipertensive Treatment in Antioxidant Activies and Oxidative Stress by-Products in Human Hypertension.
Amer. J. Patolol, v.17, p. 809-816, 2004.

SELEY, H. Stress – a tensão da vida, Ibrasa, São Paulo, 1959.

TORO, R.A. Biodanza. Ed. Olavobrás, São Paulo-SP, 2002. 157 p.

VECCHIA, A.M.D. Educação integrada à vida.
Ed. Design, Pelotas RS, 2002, 130p.

sábado, 29 de enero de 2011

Biodanza con parejas embarazadas

Un camino para la conexión con el cuerpo y la expresión de las emociones a través del movimiento y la música.
El embarazo, Es un viaje que transforma por completo toda la vida de las personas que se aventuran en el, con una secuencia de cambios físicos, relacionales y de valores internos.
...
Si estamos en sintonía con nosotros mismos, es más fácil reconocer lo que está cambiando y aceptarlo, para poder, desde el amor, comunicarlo al mundo. Así nos relacionamos de una forma más fácil, creando un entorno más ecológico y armónico.


La propuesta de Biodanza es un trabajo corporal en el que, a través del movimiento, buscamos contactar con los sentimientos. No es un tipo de baile pues no busca la estética y si una danza. No es un movimiento libre pero dentro de un marco es único y singular como lo somos cada uno.

Relación grupal: Crear nuevos vínculos afectivos en los que poder sentirse acompañados y poder compartir el viaje del embarazo.

Conexión con el cuerpo: Las emociones se expresan desde el cuerpo, si lo escuchamos podemos estar más integrados y mas plenos sin dejarnos arrastrar por la censura mental.

Refuerzo de la nueva identidad: reconocer y dar voz a los cambios existenciales. Reconocer mis nuevas cualidades y no tener vergüenza de expresarme (liberar la voz).

Familia ecológica: rodearnos de gente que nos cuida y protege creando un entorno de relacionamiento saludable. No siempre coincide con nuestra familia biológica.

El niño interior: Recontactar con esa parte que se deja asombrar, sorprender e ilusionar facilita luego la comunicación con el bebé.

Pareja ecológica: Diferenciar los roles sociales de los instintos. Los instintos primarios de lo masculino y lo femenino. La sexualidad como un espacio envolvente más que como un acto.


Fernando Eick
Centre Marenostrum calle fontanella 16 pral, Barcelona
Charla presentación: Miércoles 9 Febrero
Clase abierta: Jueves 10 Febrero 20:30 a 22:30
Actividades gratuitas
Grupo semanal: Jueves 17 Febrero 20:30 a 22:30
Precio 80€ parejas, 60€ solo/a.

Importante confirmar asistencia:
Tel: 695.269.300